Minhas louvas para Petrópolis (Por: Antônio Menrod)

(Academia Petropolitana de Letras)

 

Antônio Menrod, pós-doutorado

em Educação, Arte e História da Cultura.

 

A cidade de Petrópolis é, por si, só pura história. Na “Cidade de Pedro” há história em seus museus, nas suas avenidas, em seus casarões, na sua monumental catedral, em seus imponentes palácios, nas suas várias instituições acadêmicas, educacionais e religiosas. 

Em especial, o nobilitado Instituto Histórico de Petrópolis, uma Arcádia renomada com membros guardiões da preservação da memória e raízes culturais da Imperial Cidade de Petrópolis. 

Ao desembarcar em Petrópolis, pela primeira vez, em 23 de janeiro 1990, meu encantamento pela “Cidade Imperial” resultou em um amor platônico. Sua exuberância, seu clima, sua beleza estonteante, a contumaz afabilidade dos seus habitantes despontam uma capacidade especial de angariar louvação. Respaldado neste encantamento, eu tomei uma decisão irrevogável, morar em Petrópolis. Desde então, somente me ausentei de Petrópolis por razões discentes: doutorado e pós-doutorado. 

Petrópolis é como o mundo todo em uma só cidade. De suas ramificações das mais diversas nacionalidades floresceu uma pluralidade que enriqueceu de forma extraordinária sua antropologia cultural. 

A teledramaturgia, o cinema e a literatura já figuraram a cidade de Petrópolis como cenário. E o que não faltam na “Cidade das Hortênsias” são cenários que transcendem a pulcritude. Eu mesmo, como escritor, já inserir em minha obra literária cernes de romances que decorrem por inteiro em Petrópolis. 

Petrópolis, berço de Raul de Leoni, seu filho ilustre, que versejou magistralmente deixando seu nome na constelação dos insignes poetas. 

“Cidade de Pedro”, “Cidade Imperial”, “Cidade das Hortênsias”, esta denominada tríade, são três formas carinhosas de se referir a Petrópolis desde outrora. Entretanto, eu acrescentaria Cidade dos Intelectuais. Não obstante os nascidos em Petrópolis são inúmeros aqueles que optam em serem petropolitanos de coração: O poeta pernambucano Manuel Bandeira, “Estrela da vida inteira”, em Petrópolis fixou residência por um período; assim também o Professor Leonardo Boff, escritor e teólogo de renome internacional; e, ainda, Dante Milano, com sua poesia absoluta; o Professor Roberto Francisco, com sua erudita “Miscelânea”, sapiência e fidalguia; Antônio Torres, com sua obra universal; Professor Ataualpa Antônio Filho, com sua genialidade testificada como poeta, cronista e biógrafo – o nordestino mais petropolitano que conheço. 

No ano do jubileu da Academia Petropolitana de Letras, com seus cem anos de existência, há, no entremeio dos anos, inúmeras histórias de mulheres e homens notáveis com vasta cultura e criativa obra, abrangendo vários saberes que fizeram parte da Academia Petropolitana de Letras. Na contemporaneidade temos seu atual presidente, Professor Leandro Garcia, jovem escritor, nato na arte de transmitir sua ampla cultura através da docência e de seus livros; o Professor Paulo César dos Santos, poeta, biógrafo e educador. É impossível falar de cultura e educação de Petrópolis sem reverenciar este Mestre; a Professora Carmen Felicetti, poetisa mineira que tem admiração de toda a Petrópolis por sua magnificência poética, primeira Dama da Academia Petropolitana de Letras; Professor Fernando Magno, poeta sublime que deslumbra a beleza em versos; Professor Luiz Carlos Gomes, historiador com aguçada inteligência (conversar com ele é ter uma aula magna sobre Petrópolis); Chistiane Michelin, poetisa e escritora (quão maravilhado fico ao ler seus livros). Assim como Nara Leão foi a musa da Bossa Nova, Chistiane Michelin é a musa da Academia Petropolitana de Letras; Professor Dr. Cléber Alves, motivo de grande celebração sua intelectualidade e elegância, um lorde petropolitano erudito; Dr. José Afonso Vaz, cronista que com exímia maestria conduz seus textos de forma esplêndida. 

Elencar todos os intelectuais de Petrópolis e membros titulares da Academia Petropolitana de Letras, indubitavelmente, não é possível, pois o espaço para o texto não comporta. Mas estejam convictos que todos têm, por infinitude, minha admiração, respeito e gratidão. 

Escritores são inventores apaixonantes. Eles são dotados de dons. Criam e recriam invencionices e depois nos oferecem os melhores amigos do mundo, os Livros. O escritor estadunidense, Carl Edward Sagan, disse: “Escrever é talvez a maior das invenções humanas, unindo pessoas que nunca se conheceram, cidadãos de épocas distantes. Os livros quebram as algemas do tempo. Um livro é a prova de que os humanos são capazes de fazer mágica”.

 

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Conheça mais sobre o autor no vídeo abaixo: 


3 Comentários

  1. Parabéns pelo belo texto. Aprendi sobre Petrópolis e seus ilustres escritores.

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    1. Muito obrigado pelo elogio. Mas, quem merece o mérito é o autor do texto, o escritor Antônio Menrod.

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