Por: Allan de Oliveira.
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A
pré-história em Sergipe é considerado um período anterior à chegada dos
Europeus a esse território e os estudos arqueológicos afirmam que já existiam
grupos humanos há cerca de 9000 a.C. Esses estudos se basearam nas pinturas
rupestres, fragmentos de ossos, restos de cerâmica e ossos.
INDÍGENAS
DE SERGIPE
Existiam
muitos povos indígenas diferentes no Brasil quando os portugueses aqui
chegaram. Falavam línguas diferentes, e os costumes variavam de um grupo para
outro.
Os
principais grupos (ou nações) indígenas brasileiros na época do descobrimento
eram: Tupi, Jê, Naruaque e os Caribe (ou Caraíba).
Em
Sergipe viviam dois desses grupos: Os Jê e os Tupi.
Os
Jê-Karirí eram apelidados pelos Tupi de “Tapuias” que significava “inimigos”.
Os grupos que falavam línguas diferentes geralmente eram inimigos uns dos
outros.
Os
Jê habitavam o agreste e o sertão sergipano, eram os andantes do interior. Os
Tupis eram canoeiros do litoral, viviam numa área com rios cheios de peixes,
terras férteis e florestas com muita caça. Os Tupis de Sergipe eram divididos
em vários grupos: Tupinambás, Kaetés, Tupiniquins e Tupinauês.
FORMAÇÃO
TERRITORIAL DE SERGIPE
Em
se tratando do processo de formação territorial e de ocupação de Sergipe dos
povos originários (os indígenas) houve dois povos: Tupinambás (concentrados na
parte litorânea) e Cariris (concentrados no interior).
O
território fazia parte da Capitania da Bahia de Todos os Santos e em 1590, foi
criada a Capitania de Sergipe Del Rey, sendo que ela ainda continuava
subordinada à administração da Bahia por ser considerada ainda uma comarca. É
nesse mesmo ano (1590) que ocorreu a fundação da Vila de São Cristóvão,
considerada a primeira capital de Sergipe, fundada por Cristóvão de Barros.
ECONOMIA
NO PERÍODO COLONIAL
A
economia no período colonial se iniciou com a exportação de produtos agrícolas
durante o Mercantilismo e visava uma balança comercial favorável para Portugal.
Já
no século XVI, antes de 1590 (início do processo sistemático da colonização),
Sergipe era ocupado pelos indígenas, sendo que havia a presença frequente dos
franceses que exerciam relações de escambo com esses povos. Nesse contexto histórico
a pecuária se tornou uma atividade muito importante voltada para o
abastecimento interno. Sendo que essa relação entre indígenas e franceses
representou uma grande ameaça à colonização portuguesa.
HOLANDESES
EM SERGIPE
Os
holandeses construíram apenas pequenos fortes, em pontos estratégicos, nas
barras dos rios e na sede da Capitania. A retomada iniciou-se em 1645, quando
os portugueses conquistaram o forte holandês do Rio Real e São Cristóvão foi
cercada, obrigando os holandeses a se renderem. Foi tomado também o forte de
Maurício. A expulsão definitiva ocorreu em 1646, na batalha do Urubu (atual
Propriá). Era o fim de 8 anos de domínio holandês em Sergipe.
Por
terem permanecido por apenas oito anos em Sergipe, a influência dos holandeses
na cultura sergipana é mínima: construções de currais de pedras no sertão, a
técnica de fabricação do requeijão e possíveis influências raciais, a exemplo
de alguns tipos físicos de pessoas do sertão, que apresentam olhos claros e
cabelos alourados.
INDEPENDÊNCIA
DE SERGIPE
A
luta pela Independência de Sergipe aconteceu ao mesmo tempo que a Independência
do Brasil. As tropas e os políticos portugueses na Bahia não queriam a
Independência do Brasil, nem a autonomia de Sergipe e se prepararam para a
guerra contra o príncipe D. Pedro.
Em
Sergipe, aumentava a resistência ao controle baiano: câmaras municipais faziam
protestos e grupos de holandeses armados se revoltavam contra os soldados e
políticos portugueses.
O
príncipe regente D. Pedro deu ordens ao general Pedro Labatut para combater as
tropas portuguesas na Bahia. Labatut chegou a São Cristóvão, em outubro de
1822, e convocou os sergipanos para apoiarem o príncipe D. Pedro contra os
portugueses. Sergipe participou da guerra pela Independência do Brasil com
soldados, doações de alimentos e roupas para as tropas.
Em
05 de dezembro de 1822, o príncipe D. Pedro determinou que o decreto de seu pai
D. João VI, fosse cumprido, tornando, assim, Sergipe independente.
Definitivamente acontecia a independência política do domínio baiano, mas os
antigos territórios pertencentes a Sergipe não foram devolvidos.
LEIA
TAMBÉM:
HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 2:
HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 3:
HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 4:
HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 5:
REFERÊNCIA:
CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo. ANJOS, Marcos Vinícius Melo dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju. Info Graphic’s, 2009.