Por: Allan de Oliveira.
Contatoallandeoliveira@gmail.com
José Maria Fontes nasceu em Riachuelo, município de Sergipe, em 26 de junho de 1908. Na cidade onde nascera iniciou seus estudos, e, posteriormente, estudou em Aracaju o que hoje chamamos de Ensino Médio.
Na capital do Estado, o autor exerceu as atividades de jornalista, fundando e dirigindo alguns jornais, a de funcionário público na área de saúde e a de professor de inglês. Fez crítica cinematográfica na revista Renovação e no jornal A República.
Quanto aos seus poemas eles demonstravam influências do Modernismo, ao serem notados o uso de versos brancos, e a influência do poeta humanista de procurar passar em seus poemas os problemas sociais.
Sabe-se que ele publicou poucos livros e que muitos dos seus poemas são inéditos.
Foi um dos realizadores da “Noite da poesia moderna” que aconteceu no Cinema Guarany em 1929.
José Maria Fontes faleceu em Aracaju em agosto de 1994.
Ela
Vista de
olhos fechados
Entre o sono
e a vigília,
Essa ideal
desejada
Toda aberta
em sorriso.
Que mulher,
e onde a vi,
Não sei, é
terna, e sorri sempre
Se é a que
me transmite os poemas,
Jamais o
hei-de descobrir.
Quando a
fitei, num frio anelo
De
aprofundá-la, a sua face
Vi
entristecer, e a dissipar-se
Voltava ao
nada de onde viera.
À porta de
um sonho incerto,
Não entra
nem sai. Parada,
Me olha,
branca, loura e jovem. Perto
E longe – Ó
quão longe – a impossível amada.
Símbolo
Sabemos que
haverá um dia intimidade
Entre todas
as gentes:
- Ideias
lançadas como sementes, para uma colheita certa,
A reunião de
inexprimíveis pensamentos
Em um só
compreensivo sentimento.
- Um clarão
de fé, fraternal e vivo, jubiloso e grave, como
A voz dos
galos, aclamando, ainda no escuro,
A infalível
alvorada...
Todos estão
despertos,
Os das
cidades, e das fazendas, os das montanhas ou dos vales,
E o eterno
sinal se multiplica
Para acordar
a terra, em toda terra...
Será como o
anúncio mundial de uma nova criação,
Por mil
vozes de amor, impondo a Paz e o Bem.
OBRAS:
* Versos
(1952)
* Sonho e
Realidade (1955)
* Trinta
Poesias Curtas (1959)
REFERÊNCIAS:
BRASIL, Assis. A Poesia Sergipana no Século XX. Rio de Janeiro. Imago Editora, 1998.
Infonet – O Centenário de um modernista – Por: Luíz Antônio Barreto. Disponível em: < http://www.infonet.com.br/luisantoniobarreto/ler.asp?id=74682&titulo=Luis_Antonio_Barreto>. Acesso em: 07 ago. 2013.
meu bisavô :)
ResponderExcluirSatisfação, amigo.
Excluir