Por:
Allan de Oliveira.
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Carl
RS nasceu a 23 de novembro de 1976 às 23h40min de uma terça-feira na
Maternidade Francino Melo localizada em Aracaju/SE. Sendo filho de Dona Maria
Lúcia dos Santos e Seu Carlos Roberto Mercenas Tavares. Cursou as primeiras
letras no colégio Dom José Thomas no período de 1984 a 1989, fez o Ensino
Fundamental II no Colégio Americano Batista, e concluindo o Ensino médio nos
Colégios Tobias Barreto e Atheneu Sergipense. Atualmente está cursando
licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Carl
RS escreve poemas, sendo influenciado em muitos escritores consagrados como
Albert Camus, Jean paul Sartre, Rilke, Edgar Allan Poe, Castro Alves, Florbela
Espanca, Saramago, Fernando Pessoa, Cecilia Meireles, Alvares de Azevedo,
Augusto dos Anjos, e muitos outros.
O
autor costuma publicar seus poemas no site de poesia e texto escritas.org, onde
ele analisa propostas da editora “palavra é arte”, de Gilberto Martins que foi
apresentado a ele por Marc Burnier agente literário do site Recanto das Letras.
Além
do cultivo de poemas o autor também é artista plástico e também pretende escrever contos, crônicas, com
tendências ao experimentalismo.
Atualmente,
Carl RS reside em Sergipe.
A MÁSCARA
Beberemos ao menos uma taça
E disfarçando a solene estranheza
Esconderei o ser
Onde não se possa tocar.
Diáfano engana a noite
A existência vazia
A flor da pele, o tenso linho
Amarga o vinho envenenando o poço.
Cai-lhe a mortalha sombria das dores
Secando das pétalas flores
As almas angustiadas
E os gritos internos dos loucos.
E não havendo bondade
frieza e ausência de tudo
descai a face, que mascara usas-te?
Que verdade escondeste?
Mostra-se verdadeiro o monstro, mais
vivo que a vida!
...sorrateiro
...profano
...sombrio
...infame
Lança a face a luz, e logo recolhe.
(Carl. 2018/04/09)
A NADA PALAVRA AO SER
Nada a dizer, nenhuma palavra
Nada relevante a dizer. Não fosse o
fato
de que sofro do estômago,
enjoado, nauseado.
Nada mais, nenhuma palavra.
A não ser o fato de usarmos vendas,
apenas isso. O desprezo
a indiferença, a ausência.
Quem se importa? Nunca o ser?
Nada mais a dizer, há muito se foi a
palavra.
Nada a dizer, tudo já foi dito, já não
diz!
A não ser o fato de irmos a lugar
nenhum.
A marcha veloz? O acelerado passo, o
não lugar?
O desconhecido? O abismo!
A máquina, a guerra, a dor!
O dia seguinte, amanhã...haverá?
E depois...haverá o etéreo?
Ou este desabou a muito sobre nossas
cabeças?
Nunca, nunca...haverá?
Ha algo errado, há algo!
Não se sabe se dentro o fora
No corpóreo o incorpóreo
No concreto o abstrato.
Se há de haver algo? Não sei... Haverá?
Há algo de errado na face do tempo,
No espírito dos tempos. Do homem o
engano,
o momento perdido na miragem,
e a ilusão das verdades eternas.
Velhas, senis, estáticas, imóveis!
Nunca a humanidade, nunca o ser?
A consciência um dia líquida
A consciência dissolvida nas
consciências.
Não mais a reinvenção? Infeliz ser
estático!
Ulisses desejando o horizonte.
Na memória nunca Dionísio, só a
simetria.
A memória na memória, mimese como
espelho da memória.
Perda dos sentidos na repetição
ausência de si, fragmento jamais
recuperado.
Nunca mais encontrado. Jamais o ser!
(Carl. 2018/04/10)
LARGA DE NARCISO
Mirando o lume das águas do lago
vinha a mim em glória, o espelho.
Projetava-me em tudo, belo narciso
Ia a ponto de afogar a mim mesmo.
Um dia a olhar o horizonte do cabo
surpreendi-me a enxergar vesgo á linha.
Tudo tangia a um único ponto, a ponta
do meu nariz.
Inclinado, pendente, atravessado.
Sabendo dos perigos do mal enxergar
e da vaidade que muito um poeta pode
atormentar
Retornei aos versos que fizera no
passado
O que era Narciso, antes a beleza da
fonte
O que era oblíquo, antes a linha
horizonte
O que era escrito, antes meditação e
espírito
(Carl. 2018/04/10)
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Aproveite para conhecer algumas das pinturas
de Carl R.S. no link abaixo:
https://literaturasergipana.blogspot.com/2022/12/algumas-pinturas-do-artista-carl-rs.html