Por: Allan de Oliveira.
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Clodomir de
Souza Silva foi jornalista, orador, advogado, escritor,
político,
folclorista,
e membro da maçonaria. Ele nasceu em Aracaju/SE no dia 20 de fevereiro de
1892, sendo filho de Eugênio José da Silva e de Dona Argemira de São Pedro e
Silva.
Na
adolescência, Clodomir Silva trabalhou como tipógrafo para depois em
1918, lecionar Língua Portuguesa no Atheneu Sergipense e na Escola do
Comércio Conselheiro Orlando. Valendo ressaltar que ele enfrentou dificuldades
para estudar, mas por ter sido persistente aprendeu a língua matriz de forma
autodidata para depois, em 1919, estudar na Faculdade de Direito do Recife
e retornar à sua cidade natal para advogar, bem como em municípios como São
Cristóvão, Maruim e Laranjeiras. Mas, além de professor
e advogado, Clodomir Silva também se dedicou ao jornalismo.
Por meio de
jornais, esse grande ilustre sergipano passou a escrever tanto textos
jornalísticos quanto literários, algo muito comum nos intelectuais da época:
“Na época, os intelectuais apresentavam as
suas opiniões, os seus poemas, contos e crônicas por meio de jornais. Não havia
rádio, televisão, internet, nem publicação industrial de livros. Tudo era muito
rudimentar e artesanal”. (NASCIMENTO, p. 17)
Clodomir
Silva escreveu matérias em jornais relatando o ataque dos alemães ao Brasil no
período da Primeira Guerra Mundial. Mas, além disso, ele e um grupo de
integrantes da maçonaria ajudaram no atendimento de habitantes de Aracaju que
estavam infectados com a influenza, o vírus da Gripe
Espanhola.
Por ter sido
uma pessoa preocupada com a educação, Clodomir Silva participou da Liga
Sergipense Contra o Analfabetismo, criada em 1916, além de ter sido também um
dos fundadores da Academia Sergipana de Letras inaugurada em 1929 em que ele
assumiu a cadeira de nº 13.
O já citado
ilustríssimo também fora eleito deputado estadual, atuando na vida política no
período de 1920 a 1922, e no seu mandato ele sempre se posicionou em defesa da
cultura.
Clodomir
Silva cultivava em suas obras poemas, cultura popular, e também
história
de Sergipe. Mas, além desses grandes feitos, esse grande intelectual
sergipano foi considerado um livre-pensador em relação às
religiões e, por essa razão, ele passou a ser admirado por outros pensadores
sergipanos como Manoel dos Passos de Oliveira Teles, Epifânio Dória e Artur
Fortes.
Clodomir
Silva faleceu em 10 de agosto de 1932, tendo sido vítima de febre
tifoide. Ele foi considerado uma pessoa que contribuiu bastante com a
cultura e a educação, bem como um homem do qual procurou preservar o patrimônio
histórico e cultural de Sergipe.
No bairro
Siqueira Campos em Aracaju/SE há uma biblioteca que leva o seu nome.
PRINCIPAIS OBRAS
* Álbum
de Sergipe (1920)
* Minha
gente (1926)
REFERÊNCIA:
NASCIMENTO,
José Anderson. Clodomir Silva: Série
Vultos da Maçonaria. Vol. 2. Aracaju. Loja Maçônica Cotinguiba. 2014.
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