HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 3

 

Por: Allan de Oliveira.

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(Foto: Ponte do Imperador no início do séc. XX)

 

D. PEDRO II VISITA SERGIPE (1860)

 

Passado 20 anos da coroação de Dom Pedro II, o imperador viajava pelo Nordeste do Brasil e acabou visitando a Província de Sergipe em 11 de janeiro de 1860, desembarcando no local onde está construída a Ponte do Imperador. Na época, havia apenas um ancoradouro de madeira construído especialmente para receber o navio Apa que chegava com o imperador, a Imperatriz Teresa Cristina, e sua comitiva composta formada por ministros, padres, conselheiros, secretários, damas de honra, um médico, e militares. 

O imperador visitou cidades e vilas do interior como: a Ilha dos Coqueiros (atual Barra dos Coqueiros), São Cristóvão, Maruim, Laranjeiras, Propriá, Estância, Itaporanga, Curral das Pedras (atual Gararú), e Vila Nova (atual Neópolis). 

“Em todos os lugares aonde ia, o Imperador visitava as escolas, onde interrogava os alunos e era saudado com presentes, hinos e declamações de poesias. D. Pedro II anotava informações sobre as necessidades locais referentes à agricultura, indústria, e principalmente, à educação”. (CORRÊA & ANJOS, p. 31)

 

REVOLTA DE FAUSTO CARDOSO

 

No início da Era Republicana no Brasil, dois nomes tiveram destaque na política de Sergipe: o Monsenhor Olímpio Campos do grupo Cabaú (partido conservador) e Fausto Cardoso do grupo Peba (partido republicano). 

Olímpio Campos era um poderoso padre ligado aos produtores de açúcar, foi deputado da província de Sergipe, presidente de Estado e senador. Já Fausto Cardoso era um defensor da república, foi deputado federal, e era apoiado pelos setores médios urbanos e ruralistas adversários de Olímpio Campos. 

Em 1904, Fausto Cardoso e outros políticos sergipanos fizeram oposição a Olímpio Campos e aos cabaús. Com o passar de 2 anos a rivalidade aumentou e os faustistas conseguiram revoltar a polícia militar que atacou o Palácio do Governo, obrigando o governador Guilherme de Campos (irmão de Olímpio Campos) a renunciar e em seu lugar entrou o desembargador João Loureiro, e no interior foram tirados do poder os prefeitos ligados ao Olimpismo. Com isso, o presidente da república (Rodrigues Alves) ordenou ao exército acabar com a revolta, mas os faustistas continuaram a ocupar o palácio e Fausto Cardoso morre na luta e Guilherme de Campos reassume o governo do Estado. Mas, procurando vingar a morte de Fausto Cardoso, seus filhos acabaram assassinando o senador Olímpio Campos no Rio de Janeiro (antiga capital do Brasil) e os dois grupos rivais (Cabaú e Peba) enfraqueceram e o Partido Republicano Sergipense, organizado pelo Coronel Valadão, se fortaleceu ao pregar a paz e em 1910, Siqueira de Menezes foi eleito governador do Estado de Sergipe.

 

A INDÚSTRIA EM SERGIPE

 

(Fábrica Sergipe Industrial em 1884)

 

No final do século XIX e início do século XX, Aracaju (capital de Sergipe) se tornou o centro industrial e do comércio e muitas famílias do interior migravam para a capital em busca de emprego. Os operários não paravam de crescer e as condições de trabalho eram precárias pelos seguintes motivos:

 * Não existiam leis trabalhistas.

* Os salários eram baixíssimos.

* A jornada de trabalho chegava a 12 horas por dia. 

Essas condições precárias de trabalho levaram a classe operária a se organizar e lutar por seus direitos. Com isso, foram criadas associações como o Centro Operário Sergipano em 1911, que comandava manifestações e diversos jornais defendiam os direitos dos trabalhadores da indústria, a exemplo de “O Operário” e “O Trabalho”. 

Várias greves foram realizadas para diminuir a jornada de trabalho e aumentar os salários. As principais greves foram:

* Greve dos Operários Têxteis em 1921.

* Greve dos Ferroviários em 1927.

* Greve dos Operários Têxteis de Vila Nova (Neópolis) e de Aracaju em 1932.

* Greve dos operários gráficos, pedreiros, metalúrgicos, e estivadores em 1935. 

Procurando registar esses acontecimentos, o Amando Fontes lançou em 1933, o Romance “Os Corumbas”.

 

Gostaria de conhecer sobre Amando Fontes? Acesse o link abaixo:

https://bit.ly/3gCoTQx

Ou se preferir assista ao vídeo abaixo:


 

LEIA TAMBÉM:

HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 1:

https://bit.ly/3jkq4pp 

HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 2:

https://bit.ly/3Bm2G1b 

HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 4:

https://bit.ly/3zlf0xS 

HISTÓRIA DE SERGIPE – PARTE 5:

https://bit.ly/3gV4BlB  

 

REFERÊNCIA

CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo. ANJOS, Marcos Vinícius Melo dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju. Info Graphic’s, 2009. 

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